LEPRA

Duvida-se que esta palavra nas traduções bíblicas indique a mesma doença que nós hoje conhecemos por lepra ou "mal de Hansen". De fato, "lepra"nas versões da Bíblia traduz o termo hebraico sara'at, que inclui qualquer doença de pele e mesmo manchas em paredes ou roupas (cf. Levítico 13-14).


Não se justifica, pois, pela Bíblia o ostracismo social em que nossa sociedade coloca os "leprosos" (hansenianos). O motivo pelo qual na Bíblia se isola o "leproso"não é o medo de um contágio por algum bacilo, mas o da impureza ritual ( puro-impuro). Cristo curou o leproso tocando-o com a mão (Marcos 1,40-45), sem temor algum de contágio ou impureza, mostrando assim que a impureza que contamina é aquela que vem do coração (Marcos 7,15-23).



A lepra (hanseníase ou hansenose) que nós hoje conhecemos é uma enfermidade crônica, moderadamente contagiosa, com alterações principalmente na pele e nos nervos periféricos. Primeiros sinais: manchas mais claras na pele que se caracterizam pela "dormência" (insensibilidade à dor, ao frio e ao calor); aos poucos as inflamações nos nervos periféricos vão produzindo deformidades nas extremidades (mãos e pés). Hoje a ciência descobriu vários remédios que curam ou interrompem o processo da doença, sobretudo se a assistência médica for logo procurada. Feito o tratamento adequado a pessoa pode voltar ao seu trabalho e ao convívio familiar, sem perigo nenhum de contágio.



É, pois, um preconceito desumano, destruidor da fraternidade e nada cristão negar emprego ou vaga na escola a um hanseniano, ou, pior ainda, rejeitá-lo do convívio familiar.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem